BlackBerry: o que aprender com o sucesso e fracasso? Quais os ensinamentos que uma empresa que atingiu o topo e, anos depois, o fracasso pode nos apontar? Hoje vamos falar sobre a BlackBerry.
Quando falamos sobre estudos de caso, são poucas as análises que são consideradas tão emblemáticas como essa, porque estamos nos referindo a uma empresa que experimentou a ascensão e, em seguida, a queda.
Mesmo com o seu resultado final, a BlackBerry tem muito a nos ensinar. E é exatamente sobre isso que vamos falar no artigo da Funnil dessa semana.
O início:
Atualmente, quando falamos sobre celulares, a primeira imagem que surge para a maioria das pessoas é a de um Iphone – e isso não acontece à toa. Em 2022, o Iphone 13 se tornou o celular mais vendido do mundo.
Mas nem sempre a história foi essa. Nos anos 2000, quando falávamos sobre celulares, a primeira marca que vinha à cabeça não era a Apple, mas sim a BlackBerry. Os telefones da marca eram populares por serem sinônimo de status.
Mas vamos entender melhor essa história da ascensão até a sua queda?
Qual é a história da BlackBerry?
No ano de 1984, foi fundada no Canadá a companhia Research In Motion (RIM) – empresa essa que mais tarde trocaria o nome para BlackBerry. Seus inventores foram os universitários Mike Lazaridis e Douglas Fregin.
Sendo assim, o seu grande destaque foi o fato de que essa organização foi a primeira da América a oferecer conectividade wireless, garantindo seu crescimento.
De início, a RIM desenvolveu um pager inovador, capaz de enviar e receber mensagens através da sua tecnologia de comunicação: o Interactive. Nos anos seguintes, a companhia seguiu trilhando uma linha constante de inovações e melhorias contínuas em seus dispositivos de comunicação.
Em 1999, os horizontes foram ampliados com o lançamento da pager BlackBerry 850, permitindo que os usuários sincronizassem os aparelhos móveis com e-mails corporativos. Garantindo assim a explosão do crescimento.
Aos poucos a empresa saiu somente do meio empresarial e começou a fazer parte cada vez mais do cotidiano das pessoas. Com o tempo, uma série de invenções foram fabricadas e consideradas desejo de consumo.
Com a ascensão do sucesso, a BlackBerry atingiu o marco de vender cerca de 50 milhões de aparelhos por ano, com vendas anuais batendo quase US$ 20 bilhões. Como resultado, em 2007, a BlackBerry se tornou a empresa mais valiosa no Canadá com um valuation de mais de US$67 bilhões.
Mas o que fez com que a BlackBerry parasse de crescer?
A história do declínio da BlackBerry coincide com a ascensão da Apple. Logo de início, a Apple não era uma forte concorrente da BlackBerry, embora a ideia fosse disruptiva. E, como os iPhones não chamaram a atenção dos usuários num primeiro momento e as vendas do Blackberry seguiam só aumentando, a decisão da companhia foi de ignorar a inovação de Jobs.
Quando isso aconteceu, Mike Lazaridis foi contra a ideia do co-CEO, Jim Balsillie, de mudar o foco para o aplicativo de mensagens instantâneas e de lançar celulares touchscreen. Em represália, Jim abandonou o conselho de administração e, em novembro de 2013, John S. Chen assumiu como CEO.
Ou seja, ao ignorar as inovações lançadas pela concorrente, em apenas dois anos a empresa acabou perdendo metade do seu faturamento e não parou mais de retroceder. Em 2006, a empresa atingiu um marco crítico de declínio rumo ao fracasso. E esses mesmos fracassos nos ensinaram três coisas muito importantes:
1. É fundamental compreender o que os clientes estão buscando;
2. O conservadorismo não leva a lugar nenhum;
3. O pensamento estratégico é a base do crescimento de qualquer empresa.
Por fim, em 2016 a empresa anunciou que não fabricaria novos celulares.
Quais foram os aprendizados que a BlackBerry nos trouxe?
Essa história demonstra como a inovação pode alavancar o crescimento de uma empresa, e a falta dela fazer com que ela feche as portas.
A história da BlackBerry nos mostra a necessidade FUNDAMENTAL de nos mantermos conectados com as novidades do mercado e de nunca estagnar. Um time que só ganha pode vir a perder sim. Por isso, não deixe de buscar o seu crescimento e partir em busca de melhorias e atualizações.
Para finalizar, aprenda a ouvir os seus clientes. Eles são a nossa principal fonte de conhecimento e também são a nossa principal métrica de crescimento.
Gostou de aprender sobre esse case de sucesso e também de fracasso?
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