Copa do Mundo: o combate entre TV e Streaming

Copa do Mundo: o combate entre TV e Streaming

Funnil: Copa do Mundo 2022

Sumário

Copa do Mundo: o combate entre TV e Streaming. Audiência recorde, mais de 1 bilhão de reais em patrocínios, massacre de concorrentes. Nada disso foi o suficiente para que a Globo lucrasse com a transmissão da Copa do Mundo. Por que será que essa conta não fecha?

Seria isso um sinal de que nossos hábitos de consumo estão mudando de vez? Esse é um questionamento que surgiu após a Globo atingir excelentes níveis, porém, mesmo assim ficar com um prejuízo ao transmitir os jogos. 

Então vamos entender essa mudança de comportamento do consumidor?

A Globo e a Copa do Mundo de 2022:

Detentora dos direitos de transmissão da Copa do Mundo, a Globo vendeu mais de R$ 1 bilhão de patrocínios esse ano. Além disso, segundo dados da Kantar Media, a emissora registrou 50 pontos de audiência e 76% de “share” na Grande São Paulo. 

Entretanto, mesmo marcando esses excelentes resultados, o prejuízo segue presente. Isso porque o aumento dos custos dos direitos esportivos e a queda de receita das emissoras é uma das principais realidades. E isso não acontece somente com a Globo, e muito menos somente no Brasil. 

Esse é um problema que todas as gigantes de mídia do mundo enfrentam.

E os motivos para isso acontecer não param por aí. Os direitos que a FIFA cobrava para o Brasil estava entre os mais altos do mundo, por isso, a Globo mudou o seu contrato, alterando o direito de exclusividade na TV aberta e por assinatura em troca de uma diminuição anual desse valor. 

Portanto, essa foi a tentativa de diminuir esses gastos e seguir com as transmissões.

Desafio entre os gigantes da TV:

Há menos de uma década, a TV era detentora da maioria dos espectadores. Hoje, já sabemos que com a ascensão da internet e com a entrada de streamings, essa concorrência está cada dia mais acirrada. 

E não só no Brasil, como em qualquer lugar, as emissoras estão sentindo. 

Esses resultados ficaram cada vez mais evidentes desde a ascensão dos streamings Netflix, Prime, HBO (entre outros), e também após as transmissões no YouTube. 

E os dados são claros: a partir de 2019, a quantidade de assinantes de TV a cabo reduziu quase em um terço. Isso que estamos falando de TV a cabo. Já em relação à TV aberta, os números são ainda maiores nas novas gerações. 

Mas de que forma essa mudança de comportamento teria relação com o prejuízo da TV Globo na Copa do Mundo? Além da diminuição do seu poder e do seu lucro, as transmissões de live têm ganhado cada vez mais espaço. 

Mudanças de comportamento e lives do Casimiro:

Por mais que as TVs aberta e fechada ainda sejam fortes, a cada ano elas têm ganhado mais concorrentes. Um desses concorrentes é Casimiro, streamer que tem batido recordes de audiência durante a Copa de 2022.

E por que ele é importante para esse mercado? É importante porque, de acordo com a avaliação da Fifa, esse case de sucesso brasileiro servirá como teste para a entidade de como a transmissão de uma Copa do Mundo se porta nas redes sociais. Então, é um verdadeiro teste de growth

Em parceria com a produtora Live Mode, o streamer Casimiro, adquiriu os direitos de transmissão de 22 jogos na Copa do Mundo do Qatar, incluindo todos os jogos do Brasil, semifinais e a grande final da competição. Esta é a primeira vez na história que o torneio é transmitido através da internet.

Com mais de 200 milhões de inscritos somente no seu canal de corte, basta avaliar os primeiros jogos da Copa do Mundo para confirmar que esse formato já é um sucesso. Apenas no primeiro jogo do Brasil, Casimiro alcançou mais de 3 milhões de pessoas simultâneas durante a transmissão. 

Streaming da FIFA:

Outro importante motivo de o Casimiro se tornar interessante para a FIFA é porque a federação internacional lançou recentemente o seu streaming, o Fifa+, que por questões comerciais não terá jogos da Copa do Qatar. Entretanto, a Fifa já vendeu o torneio para 223 territórios, recorde de lugares que assistirão o Mundial junto com a edição de 2014, no Brasil.

Para as próximas copas, a tendência é que as transmissões também ganhem maior concorrência. Nesse caso, o interessante é usar esse teste para compreender quais são os públicos que estão optando por cada tipo de transmissão de jogos. 

Vídeos no YouTube: futebol para além dos 90 minutos de partida

Todos os fatos que trouxemos por aqui também estão sendo observados pelo próprio Google, que já vem percebendo que o YouTube é uma estrela em ascensão quando o assunto é a Copa do Mundo e o futebol em geral. 

E não para por aí: essas mudanças estão acompanhando diretamente o que vem acontecendo com o marketing (4.0) e a era do growth. Formatos de negócios que já entendem que as pessoas e também as causas sociais são o centro das negociações

A relação do YouTube com isso é que a internet é uma forma de democratizar o futebol, se manifestando na difusão de vozes não institucionais, mas que também tem propriedade sobre esses assuntos. 

Sendo assim, a pesquisa do Google aponta que 65% dos fãs brasileiros concordam que o YouTube é o melhor lugar para aprender sobre futebol

Além disso, 71% dos brasileiros acreditam que o YouTube é o lugar ideal para assistir a narrações de futebol com humor. Ou seja, é mais uma forma de democratizar o futebol e, por consequência, difundir essa cultura. 

Para além da partida: 

Por fim, reforçamos a necessidade de entender que o futebol não se resume e nem nunca vai se resumir a uma única plataforma. Entretanto, o fato de estar cada vez mais presente em outros locais reflete também uma democracia das ruas, dos campos e dos torcedores. Além de uma mudança no campo do entretenimento, mas do funcionamento dos negócios.

O que aprendemos com isso? Tanto durante a Copa, quanto todo o processo de ascensão da tecnologia nos mostra que a comunicação está mudando. Isso vem acontecendo entre as marcas, os canais e as pessoas.

Portanto, pensar em estratégias que incluam os seus negócios nesses novos campos em descoberta pode surtir grande efeito e impacto no seu negócio. 

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